Nossa história

Nos conhecemos em dezembro de 2003, durante o aniversário de uma tia minha, em São Paulo. O Diogo era o melhor amigo da minha prima, então, também foi convidado para a festa. Confesso que, naquela noite, quando fomos apresentados, até cheguei a achar o Diogo uma gracinha... porém, como eu namorava sério, nada demais aconteceu.



Conversamos um pouco e no final da festa, voltei com a minha família para Atibaia. Ele ficou em São Paulo e durante um ano simplesmente esquecemos da existência um do outro. Mas, em dezembro de 2004, quando minha prima mais nova completou 15 anos, acabamos nos reencontrando. Quando o vi, tive aquela sensação de que já o conhecia - só não sabia dizer de onde. Sabe quando você encontra alguém, reconhece o rosto, mas não consegue lembrar absolutamente nada? Isso aconteceu comigo. Passei boa parte da festa olhando para o rapazinho de olhos verdes estranhamente familiares. E ele, surpreendentemente, retribuiu os olhares.

No final da festa, quando a maioria dos convidados já havia ido embora, ele finalmente se aproximou. Devagar, fui me recordando daquela noite na casa dos meus tios e fiquei surpresa: ele estava diferente. Conversamos bastante, rimos bastante e dessa vez, trocamos e-mail e telefone. Eu havia terminado meu namoro depois de dois anos de relacionamento e ele ainda era solteiro. Senti que, dessa vez, nossa história poderia dar certo.

Foram semanas conversando pela internet e pelo celular, e combinando encontros que nunca chegaram a acontecer por vários motivos: eu ainda tinha dezesseis e ele estava começando a faculdade. Além disso, a distância sempre foi um problema.

No comecinho de 2005, percebendo que ainda éramos muito novos e que um relacionamento à distância não teria tanto futuro, ele resolveu se afastar. Paramos de nos falar por um tempo: nada de telefonemas, nem e-mails, porque - hoje eu entendo - ele não queria que eu me machucasse. Fiquei chateada com a decisão, mas resolvi fazer o mesmo. Passamos um tempinho afastados até que um dia, quando a maré baixou, nos aproximamos de novo. Ficamos muito amigos dessa vez, desses que desabafam e compartilham confidências quando tudo está dando errado.

Foram cinco anos de amizade. Nesse meio tempo, namorei outras pessoas e ele também encontrou alguém. Mas o carinho e o respeito que tínhamos um pelo outro continuou intenso. Sempre desejei a felicidade dele, assim como ele sempre desejou a minha.

Em maio de 2010, ele terminou o namoro. E por uma grande ironia do destino, um mês depois, eu terminei meu namoro também. Entre uma conversa e outra, resolvemos nos encontrar. E desde aquele dia, nunca mais nos separamos.



Estamos juntos há três anos e já passamos por muitas coisas: fases boas, e fases nem tão boas, mas que nos fizeram amadurecer bastante. Certos do amor que sentimos um pelo outro, encaramos esse casamento como o acontecimento mais importante da nossa trajetória: algo que representa não só o desfecho de um capítulo das nossas vidas, como o começo de uma nova e bonita história.

Mariana